As estimativas de produção e rendimento para 2020/21 são baseadas em condições climáticas dentro da média e uso adequado de insumos
A produção de algodão no Brasil deve somar 2,63 milhões de toneladas na temporada 2020/21, de acordo com projeção do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília. O volume representa queda de 10% ante a estimativa para 2019/20, de 2,92 milhões de toneladas. O rendimento foi projetado em 1.733 quilos por hectare, levemente acima da previsão para o ciclo atual, de 1.730 quilos por hectare.
As estimativas de produção e rendimento para 2020/21 são baseadas em condições climáticas dentro da média e uso adequado de insumos, como sementes transgênicas, agroquímicos e fertilizantes, disse o USDA. Segundo o adido, apesar da perspectiva menos favorável para a rentabilidade, produtores não devem reduzir o uso de insumos. A previsão de maior rendimento se deve à expectativa de que a produção fique mais concentrada nos grandes produtores.
O USDA prevê uma área semeada de 1,5 milhão de hectares no ciclo 2020/21, em comparação com uma área colhida estimada em 1,69 milhão de hectares em 2019/20. A contração esperada está associada principalmente à perspectiva de fraca demanda global por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, disse o USDA. “Os preços de algodão devem continuar baixos, e produtores podem ter dificuldade para obter lucro”, afirmou o adido em relatório.
A previsão do adido para consumo doméstico é de 653 mil toneladas em 2020/21, aumento de 11% em relação ao ciclo atual. Já as exportações devem somar 1,96 milhão de toneladas, ante previsão de 1,946 milhão de toneladas para 2019/20, segundo o USDA.
Estadão