Consultoria diz que a tendência é de sustentação dos preços do feijão carioca e preto, com quebras nas safras das regiões Sul e Sudeste
Relatório especial divulgado pela consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio aponta que a tendência é de sustentação dos preços do feijão carioca e preto, com quebras nas safras das regiões Sul e Sudeste e com a formação de estoques por parte dos consumidores, após a eclosão da pandemia de Covid-19 no Brasil e oferta interna oferta ajustada ao consumo.
O feijão carioca registra uma alta do preço médio ao produtor de 27,1% entre janeiro e maio de 2020 e de 109,2% nos últimos 12 meses. Os preços, FOB produtor, de notas 8,5 a 9,5, oscilam em um intervalo entre R$ 300 a R$ 350 por saca de 60 kg neste fim de maio.
Os preços do feijão preto extra, FOB produtor, oscilam entre R$ 230 e R$ 270 por saca de 60 kg, ante R$ 180 a R$ 220 por saca de 60 kg verificados no mês de abril.
“A alta dos preços poderá elevar a intenção de plantio na terceira safra de 2020, com as margens elevadas para produtores que utilizam sistemas de irrigação no cultivo”, informa.
Confirmando a tendência
Há uma semana, os preços do feijão carioca tiveram alta de 19% a 38% em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Goiás. De acordo com boletim agropecuário de abril do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Santa Catarina, a variação é ainda maior.
Na praça de referência de Joaçaba, a elevação dos preços no mês chegou a 45% e, em comparação ao mesmo período do ano passado, os produtores estão recebendo 47% a mais.
Canal Rural