O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de palmito do mundo; cada vez mais Estados se tornam produtores
O palmito pupunha, além de ganhar espaço nas cozinhas, também vem mudando a vida de produtores rurais do município de Magé, no Rio de Janeiro. Com apoio técnico da Secretaria da Agricultura do estado, através da Emater, a cultura se tornou uma alternativa rentável para os produtores da região, aumentando o faturamento em mais de 150% nos últimos 15 anos.
O Brasil é um dos líderes de produção e consumo de palmito no mundo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O avanço da produção da pupunha, em Magé, deve-se ao bom clima, solo e água para o plantio, além de um planejamento a longo prazo, elaborado pela secretaria, oferecendo acesso à financiamentos, serviço de extensão rural, pesquisas e assistência técnica.
“Os agricultores acreditaram na implantação da cultura do palmito no município e hoje está sendo mais uma opção para eles, suas famílias e o meio ambiente. Além de promover melhor distribuição de renda e ter essa cultura em uma área como a região metropolitana do Rio de Janeiro, que é considerada o segundo maior mercado consumidor do país. Isso gerou uma grande mudança, trouxe mais rentabilidade e injetou mais recursos na economia do lugar. O apoio da Emater está sendo fundamental” disse o secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz.
O palmito é colhido em média duas vezes por ano, mas pode render de quatro a cinco cortes por ano quando a cultura tem oferta de água e bons tratos culturais. O custo de produção do palmito na implantação fica em cerca de R$ 21 mil e de R$ 7.600 a manutenção (segundo ano em diante). Normalmente o palmito paga o investimento até o quarto ano, mas em Magé, há casos como do agricultor Oscar Gangorra, que pagou seu financiamento no primeiro ano só com a renda do aipim, usado como planta companheira para sombrear o palmito.
Em 2004 no munício de Magé haviam cerca de 500 pés de palmito pupunha em produção e desenvolvimento vegetativo. Atualmente, o número de plantas em produção subiu para 160 mil e mais 40 mil em desenvolvimento.
O escoamento do produto é feito na venda para hortifrútis, feiras livres, restaurantes, pizzarias e até agroindústrias. A pupunha é cultivada tanto pelos agricultores familiares como pelos médios produtores.
Canal Rural