Diante da situação de imprevisibilidade, técnicos de órgãos oficiais não incluíram a estimativa de produtividade do cereal, que constava em boletins anteriores
O milho segunda safra em Mato Grosso do Sul começa a sentir os efeitos da estiagem no estado, situação que pode frustrar a previsão de supersafra do cereal este ano, informou a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), baseada em dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS).
Conforme o boletim do órgão, não há previsão de chuva no estado para esta semana. “Além disso, a chuva de granizo ocorrida na noite de 13 de abril atingiu lavouras de milho dos municípios nas regiões oeste, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, concentrando-se nas regiões sul-fronteira e sudeste”, diz a nota. As maiores perdas foram relatadas em Amambaí, Aral Moreira, Bonito, Mundo Novo e Naviraí.
Nesse boletim, diante da situação de imprevisibilidade, os técnicos não incluíram a estimativa de produtividade para o milho, o que constava nos boletins anteriores, baseados na média colhida por hectare na safra passada. Até mesmo a área, de 1,9 milhão de hectares, menor em 9,02% em relação à área do ano passado, ainda será confirmada nas próximas duas semanas pelas equipes de campo.
Geralmente há um aumento deste valor após a averiguação in loco. Mesmo que se confirme a área atual, esta será a segunda maior dos últimos sete anos, perdendo apenas para a área do ano passado, que foi recorde: 2,1 milhões de hectares. Consequentemente, era esperada uma supersafra de milho no estado neste ano, embalada pelos bons preços do produto no mercado internacional.
Estadão Conteúdo