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Embrapa mostra como pesquisa é importante e apresenta primeira cultivar de uva 100% nordestina

A uva Tainá é a primeira variedade da fruta com todas as etapas de melhoramento genético feitas pela Embrapa no semiárido, no interior irrigado

Uva produzida em Petrolina, no interior de Pernambuco. Foto: Fernanda Birolo

A Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) irá apresentar a cultivar de uva de mesa BRS Tainá, a primeira totalmente desenvolvida na Região Nordeste. Voltada para a produção no polo de fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, a uva exibe coloração branca, sabor neutro e agradável, além de ser uma variedade sem semente, uma das mais importantes características exigidas pelo mercado.

A nova cultivar será apresentada no dia 21 de outubro, às 19h30, em Dia de Campo on-line transmitido pelo canal da Embrapa no Youtube. O evento é aberto ao público e contará com a palestra da pesquisadora Patrícia Coelho de Souza Leão, responsável pela condução dos trabalhos de melhoramento de uva na região. Também contará com o depoimento de produtores que têm áreas experimentais da uva em suas propriedades.

Proveniente do cruzamento realizado em 2004 entre as cultivares internacionais Sugraone e Marroo Seedless, que fazem parte do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Semiárido, a BRS Tainá é o resultado de um intenso esforço para disponibilizar aos produtores de uva do Vale uma cultivar branca sem os altos custos de licenciamento de plantio, os chamados royalties, comum nas variedades estrangeiras, explica Patrícia.

A cultivar faz parte do programa de melhoramento genético da Embrapa, denominado ‘Uvas do Brasil’, sendo a primeira variedade de uva com todas as etapas de melhoramento genético, desde o cruzamento até a validação, realizadas pela Embrapa nas condições ambientais tropicais semiáridas.

O plano de lançamento da BRS Tainá encontra-se em fase de licenciamento para viveiristas (acesse o edital) e em breve estará disponível para os produtores.

Principais Características

As características da nova variedade fazem jus ao nome de batismo. ‘Tainá’, de raiz indígena Tupi-Guarani, é uma homenagem ao Brasil, um nome feminino, forte e que remete às origens do nosso país, conforme a pesquisadora Patrícia Leão. Trata-se de uma planta vigorosa, com produtividade média estimada, no Submédio do Vale do São Francisco, de 25 toneladas por hectare por ciclo de produção.

O período desde a poda até a colheita está em torno de 110 dias, com pequenas variações ao longo do ano, em função das condições climáticas. Os cachos da BRS Tainá apresentam tamanho médio, com peso de 270 gramas e medindo cerca de 15 x 10 centímetros.

A nova cultivar se destaca ainda por apresentar características desejáveis em uvas para o consumo in natura, como crocância, bagas firmes, com boa aderência ao pedicelo e traços minúsculos e imperceptíveis de sementes. O sabor é neutro e agradável, com uma relação equilibrada entre açúcares e acidez. É uma opção promissora e com grande potencial para se destacar no mercado de uvas de mesa brancas sem sementes.

Embrapa/Mapa

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