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Embrapa demonstra eficácia de bioinseticida à base de vírus para controle da lagarta-do-cartucho

O bioinseticida é inofensivo para o ambiente, à saúde humana e ainda é eficiente no controle da lagarta em todas as culturas atacadas pela praga

A lagarta-do-cartucho “em ação”. Foto: José Carlos Madalóz

Um novo bioinseticida à base de um vírus se mostrou eficaz no controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). O novo bioinsumo é um desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria público-privada com a empresa Promip.

A lagarta-do-cartucho é uma das principais pragas que atinge o milho e a soja, além de mais de 100 espécies de cereais, hortaliças e frutas. O novo bioinseticida é recomendado para todas as culturas atacadas por esse inseto, além de ser um produto aprovado para uso em produções orgânicas, ainda se mostra um insumo seguro, pois não deixa resíduos na cultura e não causa desequilíbrio ambiental ao preservar outros insetos inimigos naturais da praga.

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Fernando Hercos Valicente conta o BaculoMip SF é um inseticida microbiológico composto pelo vírus entomopatogênico Baculovirus spodoptera multiple nucleopolyhedrovirus (SfMNPV).

“A alta eficiência que esse baculovírus apresenta no controle da lagarta-do-cartucho é alcançada quando o produto é posicionado corretamente em relação ao aparecimento dessa praga”, ressalta o cientista, que liderou o desenvolvimento do BaculoMip na Embrapa. “Por isso, o produto deve ser aplicado preferencialmente nas horas mais frescas do dia, como no início da manhã ou após as 16h. E o agricultor precisa sempre fazer uso de um espalhante adesivo, para ter uma aplicação uniforme e atingir o alvo”, orienta Valicente.

O pesquisador ainda ressalta que o bioinseticida age de forma diferente de um defensivo químico, como o produtor já está habituado. “O baculovírus age após a lagarta ingeri-lo, quando é pulverizado sobre as folhas. O inseto tem de raspar a planta para se tornar infectado, e, quando isso ocorre, a lagarta reduz sua alimentação em até 93%”, detalha o pesquisador, completando que, após ingerir o baculovírus, a lagarta demora em torno de cinco dias para morrer, porém, a partir de 48 horas, ela diminui a alimentação. Além disso, o vírus presente no produto causa o rompimento do tegumento da lagarta, liberando novas partículas virais na lavoura, que irão reinfectar outras Spodoptera frugiperda.

De acordo com Promip, o BaculoMip SF é um produto altamente eficaz no controle da lagarta-do-cartucho, não afetando outros insetos predadores naturais da praga presentes na lavoura, já que esses agentes também contribuem para o seu controle. Devido sua formulação natural, o produto não deixa resíduos na cultura, não causa danos ao meio ambiente e ao aplicador e ainda contribui para a redução da aplicação de defensivos químicos. O BaculoMip SF também tem o uso aprovado para a agricultura orgânica ou ainda pode ser empregado em alternância com inseticidas químicos, como estratégia de manejo de resistência da lagarta-do-cartucho. “Trata-se de uma evolução no controle da lagarta-do-cartucho”, declara o CEO da Promip, Marcelo Poletti.

Fonte: Canal Rural

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