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SURPRESA TECNOLÓGICA

Depois do “impostômetro” e do “devolutômetro”, agro inova e apresenta o “Colheitômetro”

O objetivo é medir produtividade em tempo real em um painel cuja invenção é da fabricante New Holland (CNH), que teve o primeiro modelo instalado em Curitiba

Painel do “colheitômetro” instalado na fábrica da New Holland em Curitiba. Foto: Divulgação

A New Holland Agriculture, marca da CNH Industrial, lançou na última quarta-feira, 28, no Dia do Agricultor, o primeiro contador digital da produção agrícola brasileira. O “Colheitômetro” é uma ferramenta capaz de mostrar – em tempo real – os números da colheita das principais commodities agrícolas produzidas no país, como soja, milho, arroz, cana e trigo. A tecnologia, que utiliza fontes seguras e oficiais de dados, também exibe cifras geradas pelas culturas.

O site da iniciativa já está disponível no site www.colheitometro.com.br. O primeiro painel físico do Colheitômetro foi inaugurado no dia 28 de julho na fábrica da New Holland, em Curitiba (PR), com um mostrador eletrônico que contabiliza os dados das culturas em tempo real. A intenção é que, futuramente, novos painéis como esse sejam instalados em outras cidades do país.

“Nossa intenção é mostrar para a população, especialmente a das cidades, a força e a importância da agricultura para o país. A New Holland é uma marca que celebra o agro em todo o lugar e o papel do Colheitômetro é expor a força e representatividade do campo para que o país todo conheça e tenha orgulho da sua agricultura”, afirma Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América do Sul.

Por trás dos números revelados pelo Colheitômetro está o peso do agronegócio brasileiro, responsável hoje por 26,4% do PIB do país e um dos itens de peso da nossa balança comercial. Mesmo com toda a crise provocada pela pandemia do coronavírus, o agro foi responsável por quase metade (48%) das exportações totais do Brasil em 2020, conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura. Na última década, enquanto o PIB brasileiro encolheu 5,5%, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o da agropecuária cresceu 2,7%.

“A nossa inspiração para criar o Colheitômetro foram outros mecanismos, como o Impostômetro e o Devolutômetro, por exemplo, que compartilham números importantes da nossa economia. No caso do agronegócio, a maioria das pessoas desconhece a relevância que a agricultura tem para o país, seja pelo volume produzido ou pela contribuição econômica, além de ser responsável por combater a insegurança alimentar no Brasil e em grande parte do mundo”, explica o diretor de Marketing Comercial da New Holland Agriculture para a América do Sul, Gustavo Taniguchi.

Como funciona?

Taniguchi explica ainda que a Interface de Programação de Aplicação (API, na sigla em inglês) do Colheitômetro permite mostrar dados de produção (em toneladas) das seguintes culturas: soja, milho, arroz, cana e trigo, divididos por cultura. Além disso, o painel mostra os valores em reais (R$) que essa produção representa. Futuramente, outras culturas serão acrescentadas à base de dados do contador digital.

Para fazer essas operações, o Colheitômetro utiliza informações oficiais, atualizadas em tempo real, com base no histórico e no cruzamento de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), IBGE e Cepea-Esalq/USP e de outras fontes. Através de algoritmos internos, esses dados são incrementados conforme as previsões de colheita.

“O Colheitômetro vai nos ajudar a mostrar o trabalho de quem muitas vezes está distante dos holofotes e faz a diferença para toda a sociedade, desde o grande produtor até os agricultores familiares, passando pelas cooperativas e associações ligadas à produção de alimentos. Queremos valorizar o suor derramado no campo, as batalhas e o que eles fazem para produzir os alimentos que abastecem o planeta. Vamos sempre estar imbuídos em encontrar caminhos para promover o agronegócio”, complementa Rafael Miotto.

Conforme um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,6 milhões de pessoas no planeta em 2020 (10% da população mundial), sendo que 212 milhões dessas pessoas estão no Brasil. Segundo o mesmo estudo, na última década a participação brasileira no mercado mundial de alimentos passou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões, com destaque para soja, milho, algodão, carnes e produtos florestais. A expectativa é que essa participação siga crescendo nos próximos anos.

Fonte: Canal Rural

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