O Brasil já é um grande exportador de algodão para os EUA e com a elevação da projeção a tendência é que a cultura tenha uma área plantada maior
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) deve revisar para cima as estimativas de exportação de algodão do País nesta semana, avalia o banco OCBC, de Cingapura. “Com 14,6 milhões de fardos, o USDA parece muito atrás da curva, com nossas estimativas internas variando de 16 milhões a 17,5 milhões de fardos neste estágio”, afirma o banco, em nota.
O OCBC acrescenta, ainda, que o relatório mensal de oferta e demanda do USDA costuma não atrair muita atenção do mercado, mas considera que o departamento está “atrasado” nas projeções e pode, portanto, trazer ajustes surpresa neste mês.
Brasil se prepara
O plantio de algodão 2020/2021 começou em novembro na região sul de Mato Grosso do Sul. Segundo a Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), em nota, a previsão é de ocupar 23 mil hectares. As regiões norte e nordeste do estado devem entrar com as plantadeiras no mês de dezembro, diz a entidade.
A safra 2019/2020 ocupou 31.640 hectares, com produção de 57.255 toneladas, e produtividade de 296,6 arrobas por hectare. Segundo o Ampasul, o ciclo que inicia agora, apesar da menor área e produção, deve contribuir com uma produtividade estável e acima do registrado anteriormente, com estimativa de 300 arrobas por hectare.
“A falta de chuvas no início desta safra atrasou o plantio da soja, que, consequentemente, já comprometeu a janela ideal para plantio do algodão 2ª época que é realizado até 30 de janeiro de cada ano. Este fato causou a diminuição do cultivo de algodão nesta modalidade em Mato Grosso do Sul, contribuindo para a redução da área plantada na safra 2020/2021”, disse a entidade.
Dinheiro Rural