Ao mesmo tempo, diretores da Federarroz veem avanços positivos em relação aos anos anteriores, principalmente quando se trata do Plano Safra
O levantamento dos estoques privados de arroz, referente à safra 2018/2019, mostra que até fevereiro havia no país cerca de 492 mil toneladas do produto equivalente em casca. Esse número representa uma redução de 23,9% em comparação ao apurado na mesma data em 2019, quando estavam armazenadas 646,84 mil toneladas. O estudo foi publicado nesta quarta-feira, 17, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os estoques foram informados pelos armazenadores e pelas indústrias de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que produzem cerca de 85% do arroz no país. No Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, o volume informado foi de 42 mil toneladas de arroz beneficiado e 393 mil toneladas em casca. O estado de Santa Catarina, segundo na produção nacional, totalizou 28 mil toneladas em base casca e o Mato Grosso, 9 mil toneladas.
Somando-se este volume privado com os estoques públicos de arroz mantidos pela Conab nos seus armazéns (23,15 mil toneladas) na data da pesquisa, chega-se a um total de 515,57 mil toneladas, que totaliza o estoque de passagem do país para o período. O número, segundo o boletim, “consolida a estimativa de consumo da safra 2018/2019 em cerca de 10,3 milhões de toneladas e aponta uma redução anual de 8,5% na demanda nacional”.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) considerou positiva, em relação à expectativa do setor, a queda na taxa de juros anunciada nesta quarta-feira, dia 17 de junho, durante o lançamento do Plano Safra 2020/2021. De acordo com o presidente da entidade, Alexandre Velho, houve um avanço na comparação aos planos anteriores. Ele destacou as taxas do Pronamp que tiveram uma redução de 6% para 5%, e as da agricultura empresarial, que apresentaram uma queda ainda mais significativa, passando de 8% para 6%.
Velho também salientou o aumento no subsídio da subvenção do seguro agrícola, que ficou em R$ 1,3 bilhão, classificando a iniciativa como muito importante. “Certamente, o seguro agrícola é uma das maneiras mais eficazes de evitarmos a necessidade de renegociações, e também com o aumento da subvenção, trazer uma proteção maior para o produtor que está no crédito oficial”, afirmou.
Segundo o dirigente, o Plano Safra 2020/2021 é positivo levando em consideração o esforço do governo federal por meio de sua equipe econômica. “No atual momento de crise em que vivemos devido a uma pandemia e todas as demandas relacionadas a recursos financeiros, entendo que todo o empenho do governo se traduziu em mais avanços em relação aos planos passados”, sinalizou Velho.
Agência Safras