Elevação de preços vem sendo adotada como estratégia para que produtores aproveitem os bons valores de mercado, que tendem a cair em agosto
A comercialização da cebola “verde” se tornou uma prática frequente nas últimas semanas, devido à alta dos preços. Alguns cebolicultores de Minas Gerais, Goiás e São Paulo consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) vêm adotando essa estratégia para aproveitarem os bons valores de mercado, uma vez que a expectativa é de queda a partir de agosto.
De 6 a 10 de julho, as cotações fecharam a R$ 66,50 por saca de 20 quilos ao produtor no Triângulo Mineiro, praticamente estável frente à semana anterior. Apesar desse cenário, a produtividade caiu, visto o maior descarte, podendo ter futuras janelas de oferta.
Além disso, a umidade elevada e a cura incompleta ocasionam um ambiente favorável ao desenvolvimento de patógenos, que causam podridões, como camisa e bico d’água. Do ponto de vista regional, a retirada precoce dos bulbos pode antecipar, sutilmente, o calendário de oferta e suavizar a queda de preços entre agosto e setembro.
Agência Safras