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SUSTENTABILIDADE

Chile se torna 1º país da América Latina a aproveitar energia limpa das marés na aquicultura

A tecnologia terá papel importante para atender ao crescimento da produção de salmão, que coincide com as áreas de maior potencial de geração de energia marinha

Uma das boias utilizadas para a geração de energia marinha, também chamada de maremotriz. Foto: Enel Green Power

A empresa Enel Green Power instalou, neste ano, no Chile, o primeiro equipamento da América Latina e o quinto do mundo capaz de converter a força das ondas do oceano em energia elétrica.

Uma das aplicações da instalação é gerar eletricidade para a produção de salmão, na qual o país é um grande produtor, ou na aquicultura em geral. O modelo também é usado para a aquicultura no Canadá.

A boia Power Buoy do fornecedor estadunidense Ocean Power Technologies mede 13 metros de largura total e ficará ancorada em profundidade de 35 metros na região de Las Cruces no litoral chileno.

“A instalação em mar aberto do primeiro dispositivo internacional de energia marinha a ser testado no nosso país permite dar um passo fundamental na investigação aplicada à energia das ondas”, comentou Gloria Maldonado, diretora executiva da Energía Marina SpA & Centro MERIC à imprensa local.

Segundo ela, o equipamento permitirá estudar a geração de energia marinha em condições oceânicas reais e validar, por exemplo, a viabilidade tecnológica de soluções que atendam às necessidades de água potável e energia em áreas remotas do país.

A tecnologia também terá um papel importante para atender a tendência de crescimento da produção chilena de salmão, que coincide justamente com as áreas com maior potencial de geração de energia marinha.

“Será uma das indústrias que poderá aproveitar as fontes de energia marinha em mar aberto, principalmente para realizar seus diversos processos como a alimentação de peixes”, projetou Marcos Di Lorio, chefe de projetos do Centro de Pesquisa e Inovação de Energia Marinha (MERIC).

Aquicultura

Para produzir eletricidade, a boia aproveita a energia gerada pelo movimento das ondas. Com eles, o flutuador sobe e desce no mastro e esse movimento vertical aciona um sistema mecânico giratório que, por sua vez, movimenta um gerador.

A energia elétrica gerada é armazenada em baterias de lítio com capacidade de 50 kWh, localizadas dentro da mesma boia. O gerador não será conectado por cabos à costa, mas a energia será utilizada no mesmo local, por exemplo, para aquicultura em fazendas aquáticas.

A “usina de ondas” faz parte da plataforma “Open Sea Lab” do MERIC Center e também fornecerá informações sobre condições do oceano, tanto para pesquisas sobre energia marinha, como mudanças climáticas, correntes e ondas de tempestade.

Ilustração sobre energia maremotriz retirada da Internet

Para isso, a energia gerada pela boia será utilizada no mesmo local para alimentar sensores submersos, que coletarão dados em tempo real, sobre a energia produzida, magnitude e direção das ondas e correntes, temperatura, turbidez., PH, oxigênio e outras.

Para consolidar os dados, a Pontifícia Universidade Católica do Chile, por meio de sua Estação de Pesquisa Costeira Marinha (ECIM), localizada em Las Cruces, funcionará como um centro de operação e processamento de informações, que serão recebidas da boia, via conexão Wifi.

Fonte: AG EVOLUTION

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