Entre os destaques nas ações está a inscrição no CAR de 6,4 milhões de imóveis rurais e contribuições e parcerias sobre estudos de produtos florestais pelo país
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) completou 14 anos de criação, por força da Lei nº 11.284 de 02 de março de 2006, para ser o órgão de excelência na gestão de florestas públicas no Brasil.
O SFB é o órgão gestor das concessões florestais, do Cadastro Ambiental Rural (CAR), do Inventário Florestal Nacional (IFN), do Sistema Nacional de Informações 9SNIF) e do Laboratório de Produtos Florestais.
Os setores fazem a gestão de programas de treinamento, capacitação, pesquisa e assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo manejo florestal, processamento de produtos florestais e exploração de serviços florestais; promovem estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas florestas; propõem planos de produção florestal sustentável de forma compatível com as demandas da sociedade e gerenciam o Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP).
Nesses 14 anos de existência, o Serviço Florestal efetivou 18 contratos de concessão florestal em seis Florestas Nacionais do Pará e Rondônia; fez o IFN em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal, representando 50% do território nacional; fez a inscrição no CAR de 6,4 milhões de imóveis rurais e inúmeras contribuições e parcerias envolvendo estudos de produtos florestais madeireiros e não madeiros em todo o Brasil.
Sustentabilidade com tecnologia
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, ressalta a importância do órgão na agenda florestal do Governo Federal e destaca que “o Serviço Florestal hoje, com uma visão desenvolvimentista, inclui as florestas nativas e exóticas como atividades econômicas, sem descuidar do meio ambiente e da importância da preservação florestal com manejo sustentável respaldado na pesquisa técnica e científica ”.
“A proteção das florestas públicas brasileiras é a meta primordial deste governo, fato que conseguimos inserir o projeto de concessão das florestas nacionais de Humaitá, Iquiri e Gleba Castanho no Programa de Parcerias de Investimentos, além disso, estamos trabalhando para o lançamento da análise dinamizada do CAR, que vai representar a implementação do Código Florestal Brasileiro”, afirmou Colatto.
O diretor de Pesquisa e Informações Florestais, Joberto Freitas, chegou ao SFB logo após a sua criação, ainda em 2007. Para Joberto, “um país com quase 60% de seu território coberto por florestas não pode prescindir de dispor de um serviço florestal forte, autônomo e atuante, que promova o uso sustentável das florestas, a sua inserção na economia do país e a inclusão econômica e social das populações que dependem do uso da floresta para viver”.
“O Serviço Florestal Brasileiro buscou nesses 14 anos construir uma agenda voltada para o manejo sustentável das florestas, com a inclusão das florestas públicas e privadas na economia do país. Os desafios dos próximos anos são relacionados à consolidação do manejo florestal em florestas públicas e ao desenvolvimento de políticas de uso das florestas em propriedades privadas, com aumento da cobertura florestal do país por programas de recomposição de reservas legais com espécies nativas de valor comercial e a expansão da área de florestas industriais plantadas com espécies introduzidas”, finalizou.
O Serviço Florestal vai ampliar a área de concessão florestal para 4 milhões de hectares até 2023; está trabalhando para fornecer aos estados um sistema de análise dinamizada do CAR que vai permitir ao produtor rural acessar o Programa de Recuperação Ambiental, se houver passivo ambiental, ou a Cota de Reserva Ambiental; finalizar o IFN no restante do país e fortalecer a agenda de pesquisa de produtos madeireiros e não madeiros, visando a sustentabilidade local.
Fonte: SFB