O prazo para a inscrição é de 15 de dezembro a 31 de janeiro
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no âmbito do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC), lançam o Prêmio Sistemas Agrícolas Tradicionais do Semiárido (SAT) – Dom Helder Câmara. O projeto é coordenado pelo Mapa e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
O Prêmio SAT do Semiárido – Dom Helder Câmara visa reconhecer grupos e comunidades que manejam seus Sistemas Agrícolas Tradicionais de forma a garantir a segurança e soberania alimentar; a conservação da agrobiodiversidade; o conhecimento tradicional; a cultura, sistemas de valores e formas de organização social e o manejo sustentável da paisagem.
Os SATs são sistemas de produção dinâmicos, nos quais elementos culturais, ecológicos, históricos e socioeconômicos interagem, no tempo e no espaço, configurando diferentes arranjos e técnicas produtivas que, em seu conjunto, se mostram resilientes e sustentáveis, gerando paisagens características.
As inscrições podem ser feitas de 15 de dezembro até 31 de janeiro de 2023 por meio do formulário de inscrição e/ou de vídeo contando por que o SAT merece ser premiado. O processo seletivo possui duas etapas. A partir das informações contidas no formulário, o Comitê de Análise e Seleção classificará as 12 melhores propostas, de acordo com os critérios predefinidos no regulamento.
Podem concorrer ao prêmio organizações da sociedade civil, como associações, cooperativas, redes e organizações não governamentais (ONGs) que representem comunidades e/ou grupos sociais, incluindo conjunto de agricultores familiares ou povos e comunidades tradicionais.
Serão premiadas até seis propostas de SAT. Os vencedores serão conhecidos em um evento técnico previsto para ocorrer em junho do próximo ano. Os representantes dos sistemas selecionados também participarão, entre julho e agosto de 2023, de uma capacitação em patrimônio cultural e de uma oficina das receitas tradicionais dos SAT.
Para a coordenadora de Estruturação da Sociobiodiversidade da Secretaria de Agricultura Familiar, Fernanda de Sá Martins Araújo, a premiação ajuda a promover os processos de uso do ambiente, paisagens e estratégias agroalimentares de agricultores familiares e de povos e comunidades tradicionais do Semiárido brasileiro. “Além de fortalecer o reconhecimento dos SATs no Brasil, o prêmio é uma interessante estratégia para chamar a atenção para a importância desses sistemas agrícolas e seu potencial de contribuição para a Bioeconomia do país, servindo como fonte de conhecimentos e referência para o desenvolvimento de tecnologias”, avalia.
Os SATs reconhecidos no Brasil podem ser consultados no site do Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola (Sipam), mantido pelo Mapa.
A iniciativa conta ainda com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-Brasil), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério do Turismo (MTur), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do NE, MG e ES (Apoinme) e da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq).
Mais informações sobre o prêmio ou dúvidas podem ser solicitadas pelo e-mail cnat.eventos@embrapa.br.
Projeto Dom Helder Câmara
O Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC), desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), busca reduzir os níveis de pobreza e de desigualdades no semiárido brasileiro, qualificando os produtores para que desenvolvam uma produção sustentável, estimulando a replicação de boas práticas, e tem como eixo central a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).
Fonte: Mapa