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EMERGÊNCIA

Acre, Amazonas e Rondônia vivem emergência fitossanitária nas lavouras cacaueiras

Durante um ano, todas as ações necessárias à erradicação da praga monilíase do cacaueiro serão executadas para evitar a disseminação para as áreas produtivas

Equipe técnica fazendo varredura no Estado do Acre. Foto: Mapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, nesta sexta-feira, 6,  a Portaria nº 249 declarando estado de emergência fitossanitária para a praga Moniliophthora roreri (monilíase do cacaueiro) nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A declaração visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. O estado de emergência será de um ano. 

No mês passado, um foco da praga foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O estado de emergência fitossanitária para a monilíase do cacaueiro incluiu o Amazonas e Rondônia por serem as unidades da federação que fazem fronteira com o Acre.

“Esta é uma medida que demonstra o reconhecimento oficial da importância do tema por parte do Ministério da Agricultura e permite uma maior mobilização de instituições públicas e privadas, de forma coordenada, em função dos prejuízos potenciais que uma determinada praga ou doença pode causar às cadeias produtivas em nível nacional”, destaca a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro. 

Durante a vigência do estado de emergência, todas as ações necessárias à erradicação da praga e que evitem sua disseminação para as áreas produtivas poderão ser adotadas com maior agilidade tanto no nível federal, quanto estaduais. “O objetivo do Mapa é o de conseguir erradicá-la na maior brevidade possível, enquanto ainda se encontra em uma área restrita do país”, explica Graciane.

Como uma medida cautelar, ontem o Mapa declarou o estado do Acre como “área sob quarentena” para prover um maior suporte para as ações de fiscalização do trânsito de vegetais, executadas pelas Agências Estaduais de Defesa Agropecuária.

Desde a confirmação da ocorrência da praga equipes compostas por profissionais do Mapa, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (IDARON/RO), da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (ADAF/AM), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade de Brasília (UnB) estão no município executando uma varredura completa na área considerada como de maior risco de detecção de possíveis novos focos da praga.   

Conforme previsto na Portaria, nos próximos dias será publicado um ato complementar com o detalhamento das medidas a serem adotadas por cada estado, conforme o nível de risco e particularidades de cada, podendo englobar ações específicas relacionadas à fiscalização do trânsito de plantas hospedeiras, ao manejo preventivo da praga em áreas produtivas, campanhas de educação fitossanitária, mapeamento e eliminação de plantas, entre outras.

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