Em janeiro, o produtor precisou do equivalente a 56 litros de leite para comprar 60 quilos de mistura concentrada, alta de 26% em relação ao mesmo período do ano passado
A relação de troca entre leite e insumos é a pior desde 2016, de acordo com a Embrapa Gado de Leite. Para adquirir 60 quilos de mistura concentrada, o produtor precisou de mais de 56 litros, alta de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O grupo de insumos que mais subiu foi a alimentação concentrada, principalmente por conta da valorização do milho e da soja. Tivemos alta nos fertilizantes, mas não foi tão acentuada. Por conta da pandemia, os produtos de higiene para limpeza da ordenha também ficaram mais caros. Foram esses grupos que mais puxaram o movimento”, diz o pesquisador e coordenador da área econômica da Embrapa Gado de Leite, Glauco Rodrigues.
Enquanto isso, no varejo os lácteos subiram 0,15% no mês passado. Leite condensado, em pó, queijo, manteiga e iogurte tiveram alta. Somente o leite UHT teve queda de 1,35%.
Segundo o pesquisador, há movimentos distintos na primeira e segunda quinzena do mês, com varejo e indústria disputando para ver quem terá que absorver as altas da matéria-prima. “Vimos a margem da indústria melhorando um pouco e a do varejista piorando. Agora o varejo busca recomposição, por isso os preços dos lácteos subiram para o consumidor”, diz.
Canal Rural