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AGRICULTURA AMAZÔNIDA

Produções de castanha-do-brasil, pirarucu e guaraná ganham mais incentivos pelo Mapa

Mapa vai destinar R$ 2 milhões para capacitação e gestão, sistematização de dados do extrativismo e da sociobiodiversidade

Guaraná é uma frita que só existe na Amazônia. Foto: IStock

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou, na última quinta-feira (28), a iniciativa para fortalecer as cadeias produtivas da castanha-do-brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo no Amazonas. A ação integra o programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, coordenado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) do Mapa e é uma parceria com o governo estadual. Pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos são o público-alvo.

Serão alocados pelo Mapa R$ 2 milhões para atividades de capacitação e gestão de empreendimentos, sistematização de informações do extrativismo e da sociobiodiversidade, estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas e ampliação do acesso ao crédito, por exemplo, por meio da linha Pronaf Bioeconomia. Os recursos serão aplicados até dezembro de 2022.

A parceria visa desenvolver um protótipo de sistema que trata informações sobre o mercado de produtos da sociobiodiversidade e do extrativismo, estabelecer mecanismos para ampliar o acesso ao crédito, como também garantir a obtenção de certificações e implantar processos de rastreabilidade inovadores nas cadeias produtivas.

Outro objetivo é estruturar e fortalecer as redes de relações entre todos os envolvidos nessas cadeias e também aqueles que têm interesse nelas, além de estimular arranjos produtivos de comercialização entre os empreendimentos e os setores produtivos apoiados.

“O programa Bioeconomia Brasil chegou para promover a articulação de parcerias como essa com o estado do Amazonas, focadas na promoção e estruturação de sistemas baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo. Com isso, queremos fomentar essas cadeias produtivas e prepará-las para acessarem mercados com agregação de valor aos produtos”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.

A castanha do Brasil deverá ter mais mercado interno, já que a maior parte da produção é exportada. Foto: IStock

Dentre os principais pontos a serem solucionados ao longo das cadeias produtivas da castanha-do-brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo, e que serão trabalhadas no novo projeto, estão o baixo grau de tecnologia e inovação, a pouca agregação de valor, o acesso reduzido a mercados diferenciados e a necessidade de uma melhor estruturação dos mercados da bioeconomia no estado.

Ao mesmo tempo, a iniciativa buscará promover a diversificação da matriz econômica necessária para o desenvolvimento sustentável e inclusivo no Amazonas. Para isso, serão desenvolvidas atividades para diminuir as assimetrias de informação ao longo dessas cadeias produtivas – quando uma das partes tem mais informações acerca de um produto ou serviço do que a outra.

O pirarucu é o maior peixe de água doce do Brasil. Seu habitat é na Amazônia. Foto: IStock

A importância das parcerias entre órgãos federais e estaduais é destacada pelo coordenador-geral de Extrativismo da SAF, Marco Pavarino. “As articulações com as estruturas estaduais são fundamentais para o desenvolvimento de projetos de Bioeconomia como este. Na região amazônica, especialmente, com um pouco mais estrutura e informação, o uso sustentável da biodiversidade, que já é feito pelos extrativistas e agricultores familiares, tem um enorme potencial de gerar mais renda e mais qualidade de vida para as populações tradicionais”.

As atividades serão focadas na promoção da bioeconomia pautada na ciência e na tecnologia, visando a interiorização do desenvolvimento e o fomento aos arranjos produtivos e de comercialização de suprimentos dos produtos da sociobiodiversidade e do extrativismo.

Mapa

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