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SEMIÁRIDO

Em Alagoas, Comunidade em Água Branca (AL) ganha 1º viveiro de aclimatação de palma forrageira

A iniciativa prevê ações como a multiplicação de mudas de palmas forrageiras resistentes à Cochonilha do Carmim: uma praga danosa

Palma de forrageira em viveiro. Foto: Internet

A comunidade de Alto dos Coelhos, no município de Água Branca (AL), conta agora com o primeiro viveiro polo de aclimatação de mudas de palma forrageira, resultado da parceria entre o Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A ação vai atender 660 agricultores de forma direta e, indiretamente, 6.600 agricultores no semiárido.

O PDHC, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), busca reduzir os níveis de pobreza e de desigualdades no semiárido, qualificando os produtores para desenvolver uma produção sustentável, estimulando a replicação de boas práticas, e tem como eixo central a assistência técnica e extensão rural (Ater). A inauguração do viveiro ocorreu na última quarta-feira (16).

A iniciativa prevê ações como a multiplicação, em laboratório, de mudas de palmas forrageiras resistentes à Cochonilha do Carmim, uma praga que causa sérios danos à cultura.

A expectativa é que sejam produzidas 5 milhões de mudas de palma forrageira em laboratório, com ênfase em variedades tolerantes à praga. No total, 205 municípios da região semiárida – área de abrangência do Projeto Dom Helder Câmara – deverão receber mudas provenientes dos viveiros de aclimatação. As atividades de pesquisa e produção de mudas estão sendo desenvolvidas por meio de uma colaboração com a Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Manutenção dos rebanhos

A palma forrageira é utilizada pelos agricultores do semiárido para alimentar seus rebanhos, principalmente em períodos de estiagem. É amplamente cultivada na região devido às suas características de adaptação a solos rasos, deficientes em água e matéria orgânica. Apesar de robusta, a espécie está sujeita ao ataque de pragas e doenças.

“Com esta iniciativa, o projeto poderá contribuir para a manutenção dos rebanhos e a permanência dessas famílias em suas terras, contribuindo para a redução da pobreza rural, de modo a fortalecer produtores rurais através da ampliação de inovações tecnológicas”, explicou o diretor do Departamento de Estruturação Produtiva da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, José Paulo de Almeida.

Com esta ação, o Mapa espera contribuir na promoção, divulgação e ampliação de novas metodologias de produção. “Além de implementar novos procedimentos de trabalho de apoio às comunidades rurais, buscando alternativas de produção e tecnologias adequadas às condições do semiárido, contribuindo na geração e o aumento da renda familiar e permitindo uma melhor convivência com o semiárido de forma sustentável”, destacou.

Ainda dentro das atividades previstas nesta iniciativa estão: a distribuição de mudas em municípios do semiárido e a capacitação de pequenos produtores dessa região, sobretudo de caprinos, ovinos e bovinos, para aproveitamento eficiente da reserva de água existente, bem como a instalação de sistemas de irrigação por gotejamento, necessários ao cultivo da espécie.

Colaboraram com o projeto, por meio da cessão de materiais para micropropagação e montagem de um banco de diversidade de espécies e cultivares de palma forrageira, a Embrapa Semiárido, a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal da Paraíba (Campus de Areia) e o Instituto Nacional do Semiárido (Campina Grande – PB).

Mapa

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