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Pandemia

Incertezas com a pandemia fazem organização cancelar a Agrishow 2020 para abril de 2021

Feira já havia sido adiada em março por causa da pandemia de coronavírus e agora foi cancelada de vez; prejuízo bilionário

Vista aérea da Agrishow 2019, evento que movimentou mais de R$ 2 bilhões. Foto: Divulgação

Maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow 2020 foi oficialmente cancelada por conta da pandemia do coronavírus. A organização informou na tarde desta quinta-feira (4/6) que a 27ª edição será realizada entre 26 e 30 de abril de 2021.

No ano passado, a Agrishow recebeu 159 mil pessoas e movimentou R$ 2,9 bilhões, 6,4% a mais do que em 2018. De acordo com a Informa Markets, organizadora da feira, o grande entrave é que a realização só poderia ocorrer em 16 de agosto e estaria condicionada à reabertura das atividades econômicas em Ribeirão Preto (SP).

Os organizadores também informaram que a feira só seria liberada caso “não houvesse nenhum retrocesso neste cronograma em virtude do aumento dos casos de Covid-19 na região ou mesmo comprometimento do número mínimo de leitos disponíveis, o que são variáveis incontroláveis”.

Outro problema é o tempo de montagem da Agrishow, que leva cerca de 40 dias. “É uma feira que reúne cerca de 800 marcas expositoras, sendo que boa parte dos equipamentos expostos são de grande porte. Isso demanda tempo de preparação e muitas vezes liberação alfandegária, bem como um longo período de planejamento minucioso para que esses equipamentos sejam expostos no evento”, disse a organização, em nota.

Impacto no setor

Segundo o presidente da Agrishow, Francisco Matturro, o cancelamento da feira é uma perda para o setor em 2020. “Todos nós vamos perder alguma coisa. Em primeiro lugar, o bom contato que se faz em uma feira como a Agrishow. O agricultor trocando informações com os técnicos e as marcas expondo os novos produtos, máquinas e equipamentos”, afirmou.

Outro impacto é na venda de máquinas agrícolas, que deve cair mais de 10% no ano segundo a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Para Matturro, porém, o prejuízo pode ser menor do que o esperado, apesar do cancelamento de várias feiras.

“Em relação ao volume de negócios, temos que esperar para o que vai acontecer. O agro não parou, os supermercados estão supridos, o câmbio também favorece. (Uma retração) de 10% parece algo razoável”, afirmou.

Embora evite fazer uma estimativa sobre o volume de negócios para 2021, o presidente da Agrishow acredita em um bom desempenho para a feira. “Creio que haverá uma curiosidade. O agricultor ou o visitante fica curioso em ver a feira e poderemos ter um volume de negócios ainda maior do que teríamos neste ano”, analisou.

Globo Rural

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