Calendário de vacinação não muda, mas criadores terão mais tempo para enviar comprovante aos órgãos sanitários
O Ministério da Agricultura (Mapa) anunciou nesta quinta-feira (26/3) que a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa vai seguir o calendário, mas os criadores terão um prazo maior para enviar a comprovação da vacinação aos órgãos sanitários dos Estados.
Em nota, o órgão informou que já está repassando as orientações às superintendências federais da agricultura e a todos os outros serviços ligados à vigilância agropecuária, mas não anunciou o novo prazo.
Em ofício da Divisão de Febre Aftosa (DIFA), consta que a comprovação da vacinação contra a doença deverá ser feita por meio não presencial. As orientações e formas de comunicação com os interessados, ficarão a cargo do Serviço Veterinário Oficial de cada Estado, que também devem “auxiliar na vacinação de propriedades que tenham dificuldade”.
Comércio fechado
Nesta semana, o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Saúde Animal (Sindan), Delair Bolis, disse que, apesar da produção e da distribuição dos medicamentos estar normalizada, o comércio estava ameaçado, pois as revendas agropecuárias autorizadas não foram considerados essenciais na crise do coronavírus.
No Rio Grande do Sul, que teve a campanha de vacinação antecipada para março, as doses da vacina estão retidas nas lojas e não chegam aos criadores. Bolis alertou, ainda, que não são somente as vacinas estão deixando de chegar aos animais, mas qualquer medicamento veterinário que exige prescrição médica veterinária.
O Ministério da Agricultura anunciou nesta quinta que entidades de produtores e das revendedoras de vacinas contra a febre aftosa devem se organizar nos próximos dias para que as doses sejam adquiridas por telefone ou internet. A entrega pode ser feita pela revenda ou sindicato rural diretamente nas propriedades rurais.
Fonte: Revista Globo Rural